Em função da mortandade, mesmo que haja chuva imediata, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco já estima uma nova redução de 15% da matéria prima do açúcar e etanol, em diversos municípios.
Para Alexandre Andrade Lima, presidente do órgão de classe, o
cenário pode ser observado nas cidades da Mata Norte, como Macaparana,
Timbaúba, Aliança, Vicência, Nazaré da Mata, Bueno Aires, Limoeiro e
Carpina; e em Palmares, Jaqueira, Maraial e Catende, na Mata Sul.
"Os canaviais desses municípios já estão pra lá de emergência,
estão em calamidade" diz. O quadro não poderia ser diferente, visto que a
seca já dura mais de um ano. Durante todo o período de formação das
lavouras, que compreendeu os meses de março a agosto, choveu abaixo da
média. O cenário negativo se repetiu nos meses de colheita, que foi de
setembro a fevereiro, com exceção de outubro.
"O déficit pluviométrico promoverá uma redução dentro da redução,
ou seja, prejuízos em cima de prejuízos", conta Lima, insatisfeito com a
omissão do governo estadual diante da situação. Desde novembro de 2012,
a Associação e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado aguardam o
cumprimento da promessa do governo estadual para adotar medidas
públicas para diminuir os efeitos da seca na cultura canavieira.
"Na época, o governador em exercício, João Lyra Neto, anunciou
solidariedade ao setor", conta Lima. O dirigente diz que o gestor falou
que haveria pressa para resolução do problema, visto que a intervenção
governamental não poderia ser realizada fora do tempo.
Fonte: www.cenariomt.com.br
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