PCdoB debate posição da bancada sobre eleições na Câmara e Senado

A Comissão Política do PCdoB reuniu-se nesta segunda-feira (30/01), em Brasília, onde debateu sobre o cenário político nacional e aprovou resolução política intitulada "Defender a democracia no Congresso para fortalecer a resistência".

Pautas que serão apreciadas pelos parlamentares nos próximos meses, como as Reformas Trabalhista e da Previdência, além da Reforma Política aprovada no Senado, foram apreciadas durante a reunião. O partido classifica as propostas como “contrarreformas” que têm como objetivo restringir direitos históricos conquistados pelo povo brasileiro e restringir, ainda mais, a representatividade no Parlamento.

No documento divulgado os comunistas analisam de modo amplo a conjuntura política em que acontecem as eleições para mesa diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, destacando que o cenário é de “ofensiva do governo golpista contra o Brasil e o povo, de sufocamento crescente da democracia no âmbito das instituições e da sociedade”.

“Para o PCdoB, trata-se de uma batalha importante que a resistência democrática trava, num quadro político de defensiva estratégica e tática, sob uma relação de forças amplamente favorável ao campo conservador”, diz a nota. “Todavia, mesmo sob essa adversidade, a resistência não pode, nesta disputa, se resvalar para o isolamento, pois isto a imobilizaria”.

A resolução informa ainda que em conjunto com a bancada comunista no Congresso Nacional o partido estabeleceu as diretrizes que norteiam a tomada de posição e o voto que será pronunciado por suas lideranças nas duas Casas, e reafirma que o caminho para superação da crise política do país é reunir amplas forças sociais, políticas, econômicas, e uni-las numa Frente Democrática ampla.

“Para o PCdoB, essa Frente será constituída em torno de um conjunto de bandeiras cujo eixo é Fora, Temer, por eleições diretas para presidente; defesa da democracia, contra o Estado de exceção; defesa dos interesses do Brasil e dos direitos do povo, contra as antirreformas neoliberais”.