Rapidez no processo de criação da reserva ambiental por parte do governo estadual, sem diálogo com a população das cinco cidades envolvidas no projeto, e a falta de estudos técnicos de impactos revoltam agricultores que sofrerão proibições com a medida
Nesta quinta-feira (06), produtores de cana de cinco cidades da Mata Norte, onde será criada pelo Estado uma Área de Proteção Ambiental, reúnem-se na Associação dos Produtores de Cana de Pernambuco (AFCP). O objetivo é elaborar uma proposta contra algumas exigências do governo estadual com a criação da reserva. O setor canavieiro é favorável à medida, mas é contrário a proibição de técnicas tradicionais do cultivo da cana-de-açúcar e da banana nas áreas onde sempre houve. Na segunda-feira (10), a proposta será entregue ao secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente (Semas), Hélvio Polito.
A APA integrará uma área de 33,8 mil hectares. “Nessas áreas muita coisa vai mudar, inclusive, pode haver proibição do uso de técnicas dos tratos culturais da cana e da banana, inviabilizando a produção nestes locais”, critica Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP. O dirigente diz que é preciso haver mais tempos para que a proposta de criação da reserva seja debatida melhor entre a população e os gestores dessas cidades. Lima conta que apenas um dos cinco prefeitos sabia da criação da APA e dos RVS.
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