As descobertas foram descritas na edição deste mês da revista científica da Sociedade Americana de Microbiologia. A equipe liderada por Lance Price, do Instituto de Pesquisa Genômica Translacional e da Universidade George Washington, contou com mais de 156 voluntários em Uganda, na região central africana, inicialmente não circuncidados. A ideia era estudar os efeitos da circuncisão masculina sobre os tipos de bactérias que vivem no prepúcio antes e depois da cirurgia, também conhecida como postectomia clássica. Primeiramente, foram recolhidas amostras da microbiota do sulco coronal peniano, região logo abaixo da glande, de todos os participantes. Em seguida, 79 homens foram circuncidados e 77 voluntários, selecionados para o grupo de controle - não submetido ao procedimento.
Um ano depois, os voluntários foram novamente recrutados para uma segunda coleta da microbiota, que teve o resultado comparado com o do material inicial. Enquanto todos estavam na mesma condição, isto é, antes da cirurgia, a microbiota dos dois grupos de homens tinha índices bastante parecidos tanto em diversidade quanto em quantidade de micro-organismos. Após a cirurgia, a carga bacteriana de todos os homens sofreu um declínio, sendo que, nos circuncidados, essa queda foi muito mais expressiva. Os pesquisadores observaram também que, entre os tipos de bactérias presentes na região, os homens circuncidados tiveram uma grande diminuição dos micro-organismos anaeróbicos e um aumento dos aeróbicos (Veja infográfico).
Fonte: Pernambuco.com
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