Foto: Ricardo Labastier/Divulgação |
No
aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha, celebrado ontem (7), o
candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mudar,
Armando Monteiro (PTB), defende a ampliação do atendimento no aparato
policial às mulheres vítimas de violência. “Toda delegacia deve ter um
profissional que tenha essa condições de poder acolher, de ouvir”,
afirmou o petebista, em roda de diálogo com um grupo de mulheres.
Armando
também ressaltou a necessidade de combater a cultura do machismo,
enfatizando a importância de aprender com elas nesse processo de luta
contra a violência. “É preciso ouvir mais para entender mais e errar
menos”, reforçou.
Uma
das participantes da roda de diálogo com Armando é Célia Santos, 36
anos, voluntária do Instituto Maria da Penha do Recife. “As políticas
públicas estão muito fragilizadas, não tem uma rede fortalecida. Todo
mundo conhece alguém que foi vítima de violência. Enquanto não tem uma
morte, a sociedade fica omissa”, observou Célia. A constatação da
voluntária é embasada nos dados oficiais. Em Pernambuco, entre janeiro e
junho deste ano, 127 mulheres foram assassinadas, sendo 37 por
feminicídio, segundo levantamento "Uma Por Uma", do Jornal do Commercio,
baseado nos dados da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Na
última da última segunda-feira (6), mais uma mulher perdeu a vida em
Pernambuco. A pastora evangélica Josefa Maria da Silva, 42 anos, foi
assassinada com três tiros pelo ex-companheiro da mulher com quem teria
um relacionamento homoafetivo. “A gente precisa se libertar em grande
medida dessa cultura machista que é transmitida desde o início em casa,
na formação. Tem aí todo um trabalho na educação que precisa ser feito”,
defendeu Armando.
Para
Armando, Pernambuco está sem condições de acolher as vítimas de
violência. O candidato a governador destaca que é preciso reformular a
forma como o Estado atende às mulheres. “A ideia da Delegacia da Mulher
se dá por conta do total despreparo do sistema normal para tratar as
questões mais específicas de gênero”, destacou, em vídeo com a roda de
diálogo publicado nas nossas redes sociais.
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