A
mudança no regime de substituição tributária, aprovada pelo Senado
nesta quarta-feira (7), pode beneficiar cerca de 2 mil micro e pequenas
empresas em Pernambuco, que empregam cerca de 14 mil trabalhadores. No
Brasil, o número de empresas impactadas positivamente chega a 44 mil. O
projeto aprovado, PLS 476/2017,
aumenta o valor mínimo para que empresas sejam enquadradas no modelo de
substituição tributária na cobrança do ICMS (imposto sobre circulação
de mercadorias), cobrado pelos estados. A proposta agora segue para
aprovação na Câmara dos Deputados.
Foto: Ana Luiza Souza/Divulgação |
Hoje,
as empresas que têm receita bruta acima de R$ 180 mil ao ano estão
sujeitas esse tipo de tributação – quando o imposto é cobrado da empresa
por toda a cadeia de produção daquele bem, antes mesmo que o produto
seja fabricado. Pela proposta aprovada, passou a valer o limite de
enquadramento do Simples Nacional, que é de R$ 4,8 milhões. Os
principais segmentos de microempresas impactadas com a mudança são
panificação, fabricação de telhas e cerâmicas, sorvetes, massas
alimentícias, laticínios, produtos de carne, biscoitos, molhos e
chocolates.
Na
avaliação do senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator do projeto, a
proposta é fundamental para melhorar o ambiente de operação das micro e
pequenas empresas. "Além da cobrança antecipada por toda a cadeia, o
recolhimento é complexo e prejudica a competitividade dos pequenos em
relação às demais empresas que operam na produção do mesmo bem”,
afirmou..
Para
Armando, o impacto será muito positivo. “Sabemos que o microempresário,
o pequeno negócio, é um grande empregador. Se você penaliza o pequeno
com muito imposto, muita burocracia, ele se inviabiliza e deixa de gerar
emprego e renda. Esse projeto, portanto, visa não só preservar os
empregos que temos hoje nas microempresas como melhorar o ambiente de
negócios para que mais pequenos empreendedores possam abrir sua empresa,
empregar e gerar renda”, avalia Armando.
O
projeto surgiu no âmbito do Grupo de Trabalho de Reformas
Microeconômicas, criado por iniciativa do presidente da CAE, senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), e coordenado pelo senador Armando Monteiro. A
missão do grupo era identificar os principais obstáculos vinculados ao
chamado Custo Brasil e oferecer saídas para facilitar a atividade
empreendedora e empresarial no país, a fim de estimular a geração de
emprego e renda.
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