pt src= Dani Nurse Blog: HOJE é o dia nacional CONTRA a exploração sexual infantil

quarta-feira, 18 de maio de 2011

HOJE é o dia nacional CONTRA a exploração sexual infantil


Hoje 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e, para muitos pequenos, o pesadelo acontece dentro da própria casa. Pesquisas e estudos mostram que não importa a classe social, a raça ou o nível de escolaridade. É dentro de casa que acontece grande parte da violência sexual, geralmente, provocada por pessoas do sexo masculino, como pai, padrasto, tio, parentes ou amigos da família, tendo como alvo preferencial as meninas.
Infelizmente segundo a Abrapia(Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência) apenas de 10% a 20% dos casos são denunciados.
modo de ação do abusador, muitas vezes, passa despercebido pelos parentes da vítima. Isso acontece porque nem sempre a criança é violentada, apresentando marcas de relações sexuais ou espancada. A agressão física acontece, mas a maioria dos abusadores prefere agir sutilmente. Eles podem apenas alisar ou beijar a criança, passar as mãos por seu corpo e pelos órgãos sexuais, como se fosse apenas carinho ou, simplesmente, nem tocar nelas. Alguns preferem mostrar filmes de vídeo e revistas pornográficas para a criança, para "ensinar" como se faz sexo, enquanto outros preferem observá-la enquanto toma banho ou troca de roupa. E ainda existe uma outra artimanha: para convencê-la a ser tocada ou a participar de uma relação sexual, muitos apelam para a sedução por meio de elogios, dinheiro ou presentinhos.
Características do abusador
A realidade mostra que o abusador geralmente é uma pessoa comum, agradável, simpática e discreta, com pinta de bom pai de família. É dentro do círculo familiar que acontecem a maioria dos abusos, o que torna a denúncia ainda mais difícil. Muitos abusadores continuam agindo certos de sua impunidade.
 Segundo estudos sobre o tema, o molestador costuma considerar o abuso uma coisa normal, pois pensa que está dando à criança a oportunidade de experimentar o sexo. Para conseguirem o que querem, precisam também convencer a criança de alguma maneira. Uma delas é dizendo que a "brincadeirinha" ou a relação sexual é um "segredo" entre eles, que não deve ser revelado a ninguém. Em seguida, partem para a chantagem, com ameaças. Grande parte das vezes, a criança ouve coisas como "se a mamãe souber do nosso segredo, ela vai ficar muito brava e abandonar você" ou "se você contar para alguém o que nós fazemos, vai apanhar bastante". Confusa e sem saber direito o que está acontecendo, a criança aceita. Tanto por medo das conseqüências quanto por achar que não será mais amada pelo abusador - que, como foi dito, geralmente é um parente muito querido.
Nem sempre os abusadores são pedófilos de plantão. "Existe o abusador situacional, que é aquele que comete o ato impulsivamente, motivado por algum problema psicológico, como fragilidade, autoestima baixa e sentimento de menos-valia. Esses abusam esporadicamente, apenas diante de uma situação como essa. Já o abusador fixado, ou pedófilo, tem as crianças como objeto de desejo sexual. Usa-as para obter satisfação, não só sexual, mas de poder, de controle. É uma pessoa que tem imaturidade no desenvolvimento sexual. A pedofilia é uma doença, a pessoa não tem controle sobre seu desejo e não consegue evitar o abuso", explica a psicóloga e terapeuta de família Vânia Izzo de Abreu, da Abrapia.
Para a psicóloga Mônica Freitas, quem abusa sexualmente de alguém tem como característica principal o desejo de transgressão. "São indivíduos que não possuem limites e nenhum significado de moral e respeito. Abusadores são doentes que necessitam de tratamento", define.


Consequências
Cada criança reage ao fato de maneira diversa: "Cada caso é um caso. Ela pode ter um comportamento sexualizado precoce, masturbação compulsiva, não se sentir querida ou amada, achar que não pertence ao grupo infantil e isolar-se dos amiguinhos, sentir-se suja ou não apropriada. Pode, inclusive, sentir prazer e até vontade de continuar o abuso, para sentir mais proximidade, carinho ou atenção do abusador. São vários os lados da questão: há crianças que gostam, outras que sofrem. Mas nenhuma delas entende realmente o que está acontecendo".
Algumas crianças, inclusive, continuam gostando do abusador, pois têm uma relação de parentesco com ele. Outras desenvolvem uma fobia muito grande de se aproximar dele e começam a apresentar reações físicas, como dor no corpo ou dor de barriga. Podem até pensar em suicídio, pois o trauma é muito forte. Até mesmo a maneira como a família reage diante da descoberta do abuso influi em seu comportamento. As marcas psicológicas perduram pelo resto da vida. As conseqüências emocionais para a criança ou adolescente são bastante graves, tornando-as deprimidas, inseguras, com problemas sexuais ou de relacionamentos íntimos.

Como a maior parte dos casos não apresenta marcas nos órgãos sexuais, geralmente os exames de corpo de delito não detectam o abuso. Então, a melhor forma de descobrir como ele aconteceu é entrevistar todas as pessoas envolvidas: a criança, a família e o próprio abusador.
Não é nada fácil convencer a criança a falar. "É um trabalho que precisa ser feito com cuidado. É preciso ganhar a confiança da vítima para conseguir que ela conte o que ocorreu. Muitas preferem contar o abuso através de desenhos ou da representação do ato com bonecos que possuem a genitália e os orifícios aparentes.


O que fazer após a constatação do fato
A recomendação é acreditar na versão da criança. "Se ela relata isso para alguém, a pessoa tem de acreditar nela e encaminhá-la ao Conselho Tutelar. Cada criança tem uma forma própria de revelar o abuso, mas é necessário acreditar nela.
Mas o que fazer quando se descobre um caso de abuso sexual dentro da família? O primeiro passo é procurar pessoas especializadas no assunto - como psicólogos, psiquiatras e instituições de apoio à criança e ao adolescente. São pessoas capacitadas para lidar com o problema e que podem orientar a família a gerenciar melhor a situação. Outro passo importante é notificar o Conselho Tutelar da localidade, um hospital ou um posto de saúde, para buscar assistência à criança. "É preciso denunciar, pois o abuso sexual é crime. A criança ou o adolescente não é responsável pela violência que sofreu. Existe toda uma parte jurídica envolvida, devido à violação da criança e à responsabilidade penal do abusador. A família deve protegê-la e tirá-la das mãos de quem a abusou. Quanto mais cedo isso for feito, melhor", afirma Vânia. Mônica Freitas psicóloga concorda: "É importante que se afaste a criança do local para sua própria proteção e que se busque, o mais rápido possível, a ajuda de um profissional especializado, para que este faça o encaminhamento da situação da melhor forma possível", recomenda.


Aqui na cidade do Carpina a Secretaria de Ação e Assistência Social na pessoa da secretária Milca Maria estão promovendo a semana de combate a exploração de crianças a adolescentes.


Denúncias de abuso: Procure o Conselho Tutelar que na cidade do Carpina fica na Av. Da bandeira ou ligue disque-denúncia 100

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