O governador Eduardo Campos (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (12), que não vai tomar qualquer decisão sobre o projeto de disputar ou não à Presidência da República antes do prazo estipulado pela legislação eleitoral. "A lei já define quando é o tempo certo, que é a convenção partidária em junho. Então, os partidos têm até junho para fazer essa discussão. O tempo certo é até lá. Qual vai ser a hora? Não dá para prevê com exatidão, mas com certeza em 2014", afirmou.
Eduardo fez a declaração ao ser abordado sobre a pressão dos partidos da base que já começam a cobrar dele uma definição sobre disputa presidencial. Na última segunda-feira, em entrevista à uma rádio local, o presidente estadual do PTB, senador Armando Monteiro Neto, sugeriu que a decisão fosse anunciada em setembro.
"Tenho um respeito muito grande com as circunstâncias de cada um. Cada um faz o que pode no tempo que pode fazer. Minha posição sempre foi essa. Tenho muito respeito à Frente Popular, à autonomia dos partidos. Nunca recebi pressão. Não estou pressionando ninguém, nem estou recebendo pressão de ninguém", garantiu o socialista.
Eduardo Campos voltou a dizer que o momento não é de discutir eleição, mas de cuidar das ações do governo. “Tenho que trabalhar, cuidar de nomear médico para atender o povo, da segurança pública, do abastecimento de água, de acompanhar a questão das chuvas que estão aí, de fazer a recomposição da base econômica onde ficou seco demais (em razão da estiagem). É isso que tem que fazer. No tempo certo nós vamos tomar as decisões que cabe tomar no tempo certo. Agora não tem decisão a ser tomada”, avisou.
Segundo o governador, na hora certa ele irá tomar a decisão que manterá a Frente Popular unida “em torno de um projeto que possa animar o povo e fazer as mudanças que iniciamos e que deve continuar na vida dos pernambucanos”.
Quando questionado sobre as declarações do senador Aécio Neves, presidenciável do PSDB, de que os números revelados pelas últimas pesquisas mostram que a eleição presidencial será decidida no segundo turno, Eduardo criticou avaliações precipitadas.
“Acho, sinceramente, que você fazer previsão de eleição com um ano e seis meses de antecedência é muito arriscado. As últimas eleições no Brasil foram decididas em dois turnos, ou seja, nós tivemos três eleições seguidas em dois turnos, isso é mais significativo de que pesquisa de opinião nesse momento. Agora, dizer que vai ter segundo turno ou não vai ter acho que é uma opinião e opinião eu respeito”, resumiu.
Por Rosália Rangel
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