A deputada Luciana Santos protocolou na manhã desta
quinta-feira (5/11), Projeto de Lei que assegura o direito ao aleitamento
materno conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde e proíbe estabelecimentos
públicos e privados de impedir, constranger ou segregar o ato da amamentação em
suas instalações.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da
Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo em livre demanda até os 6
primeiros meses de vida e recomenda a amamentação até pelo menos os dois anos
de idade.
“Segundo o UNICEF, amamentar os bebês imediatamente
após o nascimento pode reduzir consideravelmente a mortalidade neonatal (a que
acontece até o 28º dia de vida) nos países em desenvolvimento”, explica Luciana
na justificativa do projeto.
De acordo com a parlamentar a medida visa estimular a
cultura da amamentação e impedir que mulheres sejam submetidas a
constrangimento ou cerceadas do direito de amamentar em público. “Para continuar
reduzindo a mortalidade infantil se faz necessário estimular o aleitamento
materno e coibir restrições a ele”, enfatiza.
Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de
diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo.
Outras medidas
Na terça-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff
assinou decreto regulamentando a publicidade de produtos que desestimulem o
aleitamento materno. Produtos como leites artificiais, papinhas
industrializadas, mamadeiras e chupetas terão de avisar nas embalagens a idade
correta para o consumo e alertar para a importância da amamentação para a saúde
da criança. No caso de mamadeiras e chupetas, os avisos sempre terão uma
advertência sobre o prejuízo que pode causar ao aleitamento materno a utilização
desses produtos.
Nos últimos três anos, o Brasil reduziu em 9% a
taxa de mortalidade na infância (menores de cinco anos). O número caiu de 18,6
mortes por cada mil crianças nascidas vivas em 2010 para 16,9 óbitos por mil
nascidos vivos em 2012. Em relação aos últimos 20 anos, a queda ainda mais
expressiva: 68,5%, passando de 54 mortes por mil nascidos vivos em 1990 para
16,9 em 2012.
Por seus esforços na área, o Brasil conseguiu
alcançar quatro anos antes do prazo estabelecido o Objetivo do Milênio para
redução da taxa de mortalidade na infância (ODM 4).
De Brasília;
Ana Cristina Santos
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