Ao todo o programa capacitou este ano 5,7 mil pessoas da zona canavieira e da pesca artesanal
Em 2016, o Programa Chapéu de Palha capacitou 3,2 mil mulheres da região da zona canavieira e da pesca artesanal em Pernambuco. O programa é coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e as capacitações das trabalhadoras foram realizadas em parceria com a Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher-PE). Outros 2,5 mil trabalhadores também foram capacitados este ano no segmento da pesca artesanal, em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (Sempetq).
Ao todo, o Programa Chapéu de Palha investiu R$ 3,5 milhões em capacitações em 2016. Destes, R$ 2,5 milhões foram aplicados nas formações de mulheres. Devido ao contingenciamento de gastos do governo estadual, não foi possível realizar as capacitações na modalidade Fruticultura Irrigada. “Fizemos a capacitação de 5,7 mil pessoas este ano, na zona canavieira e no segmento da pesca. Infelizmente, por restrições financeiras, não conseguimos viabilizar as capacitações da fruta, mas estamos buscando recursos para viabilizá-las em 2017”, afirma o coordenador do programa, Humberto Viana.
Já o pagamento das bolsas do Chapéu de Palha, mesmo em cenário de forte crise financeira, foi garantido de forma regular nas três modalidades do programa (Palha da Cana, Fruticultura Irrigada e Pesca Artesanal). Em 2016, o Chapéu de Palha está atendendo quase 50 mil pessoas com ofertas de bolsas, significando um investimento de R$ 40 milhões. Os beneficiários estão espalhados por 118 municípios em todo o Estado.
O Programa Chapéu de Palha foi criado para garantir a subsistência dos trabalhadores e trabalhadoras durante a entressafra, através do pagamento de bolsas e de capacitações. A iniciativa foi idealizada por Miguel Arraes, em 1987, e depois de uma interrupção foi reeditado por Eduardo Campos, em 2007. Em princípio, focado nas pessoas que trabalhavam na palha da cana, o programa foi estendido para os trabalhadores e trabalhadoras da fruticultura irrigada, em 2009, e para os pescadores e pescadoras artesanais, em 2012.
Acontecendo de forma ininterrupta desde 2007, o Chapéu de Palha já beneficiou 294 mil trabalhadores e trabalhadoras da cana-de-açúcar, 102,8 mil da fruticultura irrigada e 42 mil pescadores e pescadoras artesanais, totalizando 437 mil pessoas. Nos últimos 10 anos, foram investidos mais de R$ 340 milhões só com benefícios financeiros, dos quais R$ 51,3 foram investidos no Chapéu de Palha Mulher. O programa também capacitou 324 mil pessoas em diversos cursos de áreas temáticas diferentes, das quais 86,1 mil são mulheres.
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