Fase negra na Câmara dos Vereadores em Carpina parte 2

Já nesta semana o bicho pegou novamente e talvez o clima tenha sido ainda mais quente. Mas eu estava sem o termômetro para ter certeza. Desta vez o caso foi com os professores do município que lotaram a Câmara liderados pela Presidente do SINSEMUC, professora Mercês Silveira para acompanhar a votação do Projeto enviado pelo Executivo a respeito dos direitos dos professores que veio para a Casa Legislativa com falhas que contrariam a Lei Federal e trazem detrimento aos educadores, o que a professora Mercês Silveira classificou como um aleijo da Lei e explicou:"Nós esperávamos que o Prefeito mandasse um Projeto digno aos professores e o Plano de Cargos e Carreiras(PCC) das merendeiras, dos serviços gerais...o que ele(Prefeito Manuel Botafogo) fez?-Mandou um Projeto para acabar com os direitos que nós já tínhamos, então não é possível ficarmos calados diante de tanta injustiça"disse.

A confusão se deu antes mesmo do início da sessão quando o Vereador Dedé Lanche apresentou como opção a professora Mercês, pedir vistas do Projeto vindo ela a perguntar as demais presentes se elas preferiam mandar de volta o Projeto para o Gestor sem votação ou aceitariam o pedido de vistas do vereador. Optando as demais pela segunda opção. Diante de tal atitude da Presidente do SINSEMUC, alguns vereadores da bancada de situação acusaram a professora de estar passando por cima dos vereadores daquela casa, alegando que tal atitude não era da ossada da mesma, e que a decisão do que fazer com o Projeto não cabia as professoras.

O Vereador Charles Meira saiu em defesa da professora Mercês Silveira:"Vivemos em uma democracia e a professora como uma líder sindical tem o pleno direito de pedir ao Vereador que ele vote de acordo com o que elas querem", disse ele justificando o apoio e acrescentando:"Nesse Projeto ele(Prefeito)retira a tabela que já existe, estipulou o salário máximo e o mínimo e o pessoal que tinha o seu ganho no meio perdeu tudo, então isso não existe."

O Vereador Neco da Kombi reprovou a atitude dizendo:"No dia que eu tiver que fazer o que a professora Mercês quer, eu dou a minha cadeira para ela sentar."

Durante o momento em que o Projeto foi colocado em pauta para discussão e votação os professores ficaram de pé e gritavam: reprova! reprova! Porém sem se intimidar o Vereador Dedé Lanche deu pedido de vistas ao Projeto, tendo o mesmo sido aprovado por cinco a três. Os Vereadores que acompanharam as vistas do Projeto foram eles: Neco da Kombi, Fernando Augusto, Cláudio do Gesso, Bila.

Após a aprovação do pedido de vistas os Vereadores foram chamados de Judas pelos professores que gritavam em coro todo o tempo. Ao final da sessão o Vereador Dedé em ato de coragem saiu passando entre os educadores e foi cercado pelas mesmas que o chamavam de traíra e covarde onde muitos ficaram na espreita esperando a qualquer momento uma agressão que não aconteceu.
Confira abaixo o vídeo em que as professoras gritam pedindo ao Vereador Neco da Kombi que não acompanhe o pedido de vistas e após ato contrário do mesmo o chamam em coro de traíra e ainda o momento tenso em que o Vereador Dedé Lanche é cercado pelas educadoras.

O Vereador Dedé Lanche foi autor do pedido de vistas ao Projeto enviado pelo Executivo