O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou nesta segunda-feira que o governo elevou para 220 o número de empresas com prática de trabalho escravo no Brasil. É o maior número registrado desde o início do estudo do Ministério, em 2003. A relação é atualizada semestralmente.
As empresas que tem o maior índice de trabalho escravo são as fazendas, engenhos de cana de acúcar, madereiras, construtoras e indústrias têxteis.
As fazendas costumam ser acusadas de explorar seus trabalhadores com horários excessivos, baixos salários e péssimas condições de segurança, higiene e alojamento.
Em muitos casos os trabalhadores contraem dívidas abusivas com os empregadores pelo transporte de suas cidades de origem até as fazendas e pelo aluguel do alojamento, cuja quantia pode superar inclusive o salário que percebem.
Além de diversas multas, os integrantes do grupo de empresas com práticas ilegais têm acesso vetado às linhas de crédito dos bancos públicos e não poderão vender sua produção para instituições estatais. O governo mantém as empresas na lista negra por um mínimo de dois anos e, para limpar o nome da instituição, os interessados devem pagar as multas correspondentes e provar que corrigiram as irregularidades.
Um absurdo! Mas de fato acontece.
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